Como o Xadrez viajou na história

 

O tecido xadrez foi criado por proprietários de terras na Escócia, durante o século XIX, como alternativa para o tartã, considerado inadequado ao uso diário ou ao trabalho. Durante o século XX, foi usado, a princípio, somente em ternos e casacos masculinos, mas logo tornou-se popular para as mulheres em costumes, mantôs, xales, saias, vestidos e na década de 60 também passou a ser usado em calças femininas.

Tartã é o nome de um tecido de lã de trama fechada, gramatura leve e possui padrões diferentes usados para identificar os clãs da Escócia. O tecido possui listras diferentes que se cruzam criando desenhos em xadrez de várias larguras. Na Idade Média era colorido com pigmentos naturais de amoras, morangos e framboesas.

Por volta de 1703, os clãs passaram a empregar a estampa xadrez, para distinguir as suas famílias. Cada uma delas criou o seu tartã para diferentes ocasiões – celebrações, caçar, trabalhar e até mesmo para namorar.


Foi Madeimosele Coco Chanel que trouxe para o guarda roupa feminino, roupas elegantes e confortáveis no padrão tartã. 

Na década de 70, com o surgimento dos punks o xadrez foi usado como detalhes e tinha a intenção de ironizar e romper com os ícones culturais, exigindo mudanças sociais e comportamentais. 


No Brasil, longe da essência escocesa escondida por trás da suposta origem do tecido, o Tartã é visto como um vestuário do campo, daquele que vive na roça. A festa junina, que representa o caipira segundo a origem dos trajes típicos, associou e adaptou a estampa xadrez nas tradições festivas pelo país, por isso ela é tão vista nas celebrações.



O xadrez não é uma estampa exclusiva do inverno, mas certamente a padronagem é cara da estação – principalmente quando feito nas cores invernais clássicas, como os vermelhos mais fechados.

Assim como praticamente todos os xadrezes, a estampa é democrática e não faz restrições de silhuetas ou situações para seu uso.





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